vinte vezes dois dá quarenta. eram quarenta olhinhos ali, especados, à espera que eu lhes transmitisse um qualquer tipo de mensagem de esperança para aquele que era o seu primeiro dia de trabalho nesta minha empresa. contei histórias, espalhei-me dezoito vezes enquanto a dos recursos humanos me fitava e rezei para que não existissem perguntas. mas havia, claro. aquele claro. e de quem? da dos recursos humanos. obrigada lindinha, acredito que querias mesmo mesmo mesmo saber como estará o mercado fixo daqui a vinte anos. pois bem: se eu conseguisse adivinhar, não precisava de trabalhar. e saí, pé ante pé, com a firme promessa de não voltar a falar em público enquanto me lembrar dos 70º que vivi em dez minutos, que eram supostos ser trinta.
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