Uma capacidade de voltar ali, estar ali. Ser, de corpo e alma, o que foi. E voa para fora de ti uma força maior, que queres agarrar porque é tua, conquistaste cada segundo. Quando consegues reagir, já vais tarde. Começas imediatamente a varrer a casa, com um ritmo que não tens nas coisas materiais, porque já percebeste que as teias de aranha tendem a instalar-se como nova senhoria. E quando passa, pedes a pés juntos que não volte. Que a casa se mantenha assim, arrumada. Arrumadinha. Os pés voltam a tocar o chão, os dedos ganham novamente sensibilidade e tudo é muito bom, é perfeito. É quase perfeito.
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