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sexta-feira, 4 de abril de 2014

elas andam à solta.







voam para a direita, correm para a esquerda. escondem-se. são manhosas, tornam-se difíceis de interpretar. gritam que estás a crescer, entraste numa nova fase e tens um novo ponto rebuçado. insistem que já não precisas disto, porque este isto só aparece quando estás fora desse ponto, fora de equilíbrio. tento não lhes dar razão, pouso os dez senhores no teclado e tento começar, como comecei agora. e sai zero, sai menos dois. há tanto para dizer, mas esse tanto anda de braço dado com um sentimento de normalidade difícil de arrancar. já sei o problema: larguei o 8 e abandonei o 80 e cheguei ao perfeito 44. e um blog destes faz-se nos extremos, nunca no meio. no meio, neste caso, não está a virtude. no meio fala-se de acontecimentos, não de sentimentos. no meio discute-se política, saúde e bem-estar. no meio sento o rabo no degrau e adormeço. não adormecemos todos?

2 comentários:

Vera disse...

Não te preocupes.
Estas coisas às vezes são fases de vida a que voltamos um dia. Ou então não voltamos mas é sempre bom rever(mo-nos) e lembrar como éramos. O que nos fazia chorar (E um dia vais pensar: "como é que isto me fez chorar?!?!), o que pensávamos que éramos, os nossos sonhos e planos (Ah. Ah. Ah.) Mas tem sempre graça porque vais olhar para esse eu-passado com uma certa condescendência, pensar como estavas enganada em relação a algumas coisas e como sempre conseguiste outras. E também vais ver que algumas das coisas que eram tão importantes, à luz de um tempo maior são só coisas, coisas simples.
Vais gostar disso A.
E não faz mal se for assim, como não faz mal estar nesse meio - a virtude está sempre no meio, um dia vês isso). Pode não ser uma explosão, mas dura muito mais - e isso é o melhor e o que faz mais feliz, mesmo que agora não acredites.
Adoro-te*

Vera disse...
Este comentário foi removido pelo autor.