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segunda-feira, 18 de março de 2013

FECHADO

Para férias, por tempo indeterminado.

Sei que vou voltar, vou voltar, mas se continuo a forçar um regresso, a qualidade (discutível) do que aqui escrevo, será inevitavelmente prejudicada. Neste momento foi-se aquilo que me fazia vir, a inspiração, as ideias ordenadas, a capacidade de raciocínio, a confiança no que sou e no que quero para a vida.

É um novo tempo, de desenhar projetos a uma voz, de querer ver crescer tantas coisas dentro e fora de mim, de querer conhecer as várias costelas que me constituem. De querer perceber porque é que faço isto ou aquilo, como vivo os vários minutos dos 1.440 que me são dados todos os dias, o que é que me faz correr sem me cansar. De saber lidar com imprevistos, parar à frente das adversidades e ter jogo de cintura suficiente para lhes passar ao lado, simplificando o que à primeira vista possa parecer complicado.

É um novo tempo, de aproveitar os fins-de-semana para voar e conhecer esta Europa que está a poucas horas de distância – com elas, com eles, com quem se juntar. A solo, que também me parece muito tentador. De dançar até cair para o lado, de conhecer pessoas novas, diferentes de mim, que é precisamente aí que as relações se potenciam. De dar o litro pelo meu trabalho, todos os dias, com o mesmo gosto com que se come um santini de marabunta ao final de uma tarde de Verão. 

De voltar a acreditar que valem tudo, esses 103% que pomos no que fazemos, no que estamos. E com quem estamos.
É uma altura por eleição, de pensar menos e deixar que a vida tome o rumo que melhor lhe assentar. 
Sem a minha mão, sem querer controlar, deixar-me levar.

Sei que estou longe de querer uma vida calma, daquela que se vê passar como espetador. E estou bem assim, quero isto assim. Se chegar até lá, terei 89 anos um dia e aí sim, poderei ver de longe tudo o que passou e o que se criou. Agora, é tempo de deitar mãos á massa e sentir o ritmo de cada batida. Construir aquilo que um dia serão as histórias a contar aos netos. E a mim própria, lembrando-me que tudo valeu a pena.

Neste momento, só há uma certeza: que vem aí uma coisa em grande, daquelas pelas quais esperamos uma vida inteira.

Até breve!
A

9 comentários:

Vera disse...

E agora, Ana? Como é que vou saber de ti sem ser no meio deste mistério todo de que te fazes por aqui?
Já tenho saudades

Nana disse...

oi?!

Maria disse...

Ana! Então???? ficamos assim órfãos dos sete graus negativos? Não me conformo! Inspiração? Ora. ... ora... a vida é a inspiração deste blog. Não precisas de outra. E ela encarrega-se de te "empurrar" com inspiração a rodos. Experiência "dixit". E no fim, não é verdade que a realidade ultrapassa a (ficcção) inspiração? Conta-nos TUDO!

Unknown disse...

Ana, todos os dias venho cá ver se mudaste de ideias. Bjinho de boa noite

Anónimo disse...

Também eu!

Nena disse...

Volta!!!

Carlota disse...

Oh não!!!me dislike esta tua ideia :(

Maria disse...

Também eu venho cá todos os dias. Mas parece que a única pessoa que cá não vem é mesmo só ... a autora!

Ana disse...

@todas: queridas! obrigada :)