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sexta-feira, 26 de abril de 2013

DEGRAU #3



Olhaste para o meu pulso e perguntaste as horas. 

Já estavamos ali à conversa há algum tempo, mas nem tu nem eu sabíamos quanto. Porque passava sempre assim, mais rápido que a própria luz. 

Depois, quando olhei e me comecei a rir, soubeste a resposta. “Não funciona pois não?”. “Não”. Olhei para o teu pulso e também tinhas relógio. 

E foi nesse instante que percebi que nada tinha mudado, somos iguais ao que eramos há anos atrás. Contigo aprendi a dar os primeiros passos em 77% daquilo que hoje me define.

Tem sido assim, desde que voltámos a ser. Estamos, o tempo que for. E quando volto para o meu mundo e tu para o teu, agradeço mil e uma vezes o isto-que-já-foi e que podia não ter voltado a ser.

Mas foi e é. E é. Voltou a ser hoje e voltará a ser daqui a menos de uma semana. Obrigada pela décima quarta oportunidade. 

Longe vai o dia em que te conheci e quero que longe, também, vá o dia em que achei que seria melhor ficares ali, mais ali. Mais longe.

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