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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

BANHO MARIA

Nem todas as decisões se baseiam em reflexões filosóficas, estudos de mercado aprofundados ou análises científicas sobre o estado do tempo. Algumas vezes, tantas, estão sedimentadas em areia - em instintos, em feelings, em deixa ver se pega. E apesar disto ser óbvio porque pauta decisões que todos tomamos, temos a tendência para, quando confrontados por terceiros, tentar arrancar do fundo da massa cinzenta, aquilo que nos parece ser a justificação que vai convencer o ouvinte todo-ouvidos-à-procura-do-prato-do-dia-daquela-conversa.

E algumas vezes, tantas, soam a fraquinho. E começamos a dar voltas ao novelo, e ás tantas já somos nós quem não consegue espernear de tão enrolados que estamos nas próprias palavras. E algumas vezes, tantas, mais valia matar a conversa no primeiro segundo com um redondo "porque me a-pe-te-ceu". Assim mesmo, com pausas nas sílabas e olhos bem abertos. Vai matar a nata do assunto? Com certeza. Mas poupa-nos. 

E precisamos de nos poupar porque a recessão, segundo li hoje na VI revisão do FMI, está para ficar em nossa casa até final de 2013. Com sorte, já passa o próximo Natal com a família, bem longe daqui.

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