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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Querida sexta-feira


Estava a ver que nunca mais chegavas mulher! 

Tinha saudades tuas, já não te via há 7 dias e pareceu uma eternidade. 7 dias que não queriam passar por nada. A minha cabeça frita sempre que acontece o que aconteceu esta semana: chegar ao trabalho; ouvir tudo o que tenho que apresentar ao final do dia; pensar em cortar nos almoços combinados, cafés à tarde, e outros divaganços que me pudesse dar ao luxo de ter durante a tarde; dizer muito bem, estará feito até às nove e meia da noite porque hoje queria sair cedo (!); ouvir o outro lado dizer não te preocupes temos a noite toda para fazer isto. Temos? Ou tens? Tens. Eu não tenho. Eu a seguir a isto quero ir jantar com a minha família, namorar, beber café com amigos, ler e escrever. Sim, eu sei, não parece tão giro como trabalhar um excel pela noite dentro, mas é só hoje. Ás nove e meia, para surpresa do outro, t-u-d-o está feito, porque quando há vontade e um bom isco, a magia acontece. O que não está feito, pode esperar por amanhã, no big deal man. Ninguém morre, só eu. Trabalhar 17 horas seguidas pode ser a pura da loucura mas fico-me pelas 13.

E por isso, minha linda, tardavas em chegar. Vem sempre ouviste? Tenho scones, chá e bolos à tua espera ao final da semana e a tua companhia é o início de três dias (mania de me convencer que a sexta já conta como fim-de-semana) em que sou dona do tempo.

Note to self: Jantar de amigos dele (pontual, pontual, pontual. 5 minutos atrasada, vá) e bailar até ser de dia. Concerto irlandês para relembrar as origens. Jantar com elas, pensar quando fica marcado Paris. Correr os 19km e arriscar um ténis em campo coberto. Mentalizar-me para a nota que sai na segunda. Ai. Não pensar em trabalho, nem que a vaca tussa.

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