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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

no outro dia

falava-se sobre uma mulher de virtudes, uma boa mulher. passado um tempo, muito à portuguesa e com o mote do “aqui há espiga” alguém se saiu com esta sim, mas é uma pessoa extremamente preocupada com a imagem. fiquei a pensar nisto.. e aqui ficam as minhas conclusões, que valem o que valem, que é pouco, eu sei. mas convencem-me e até prova em contrário, fico com elas guardadas no bolso, ao jeito de Braga da Cruz:

"As notas que se seguem pretendem ser, acima de tudo, contributo para uma discussão. Sem serem posições de princípio, não são ainda também ponto de chegada, mas apenas hipóteses de meio caminho andado, que o aprofundamento futuro poderá confirmar ou alterar."


preocupação com a imagem. andando para trás: eu gosto de pessoas bem arranjadas, gosto de pessoas cuidadas e gosto de pessoas bonitas. e também gosto de pessoas mal arranjadas, de pessoas não cuidadas e acredito que não existem pessoas feias. tenho amigas lindas, daquelas de revista sabem? daquelas tipo Hola e TELVA. tenho primas lindas, tenho irmãs, de sangue e não só, carregadas de pinta e todos os dias no metro me cruzo com pessoas incrivelmente bonitas. sim, minha querida freira velhinha, estou a pensar precisamente em si. muitas destas não fazem rigorosamente nada para aparecer bem, são-no, simplesmente. são das que já acordam de cara lavada, cabelo penteado e roupa entalada. 

mas depois há as outras, as que se vê que passaram algum tempo em estágio e que perderam tempo. perderam? sim, eu já pensei assim. já cheguei ao ponto de me recusar a pôr um pingo que fosse de maquilhagem na cara, a ser natural. e natural, no meu caso, era a desculpa perfeita para não ter que pensar em estar agradável para os outros. muita calma aos movimentos de proteção da mulher, não estou a dizer que uma mulher ao natural não esteja bonita. mas reconheço um enorme respeito por todas as pessoas que se arranjam sem vaidades, que se mostram cuidadas com o seu corpo.

a ideia só teve pernas para andar na minha cabeça no dia em que me caiu a ficha: andava a arranjar-me para o escritório mas quando chegava o fim-de-semana, metia férias. férias dos saltos altos, férias da maquilhagem e férias de uma tentativa de elegância. o que implicava que, nos cinco dias da semana, as pessoas para quem eu me andava a arranjar fossem a minha diretora e 3 colegas homens. não a minha família, o meu namorado e os meus amigos.

por isso aqui ficam as minhas conclusões: preocupação com a imagem, quando é uma preocupação ordenada e sem perdas de tempo intensivas, é muito bem vinda e sinal de amor aos que convivem comigo. over and out.

1 comentário:

Nana disse...

é nestas alturas que penso: eu tenho meeeeesmo de me começar a arranjar todos os dias! Só ao fds, reuniões ou festas não chega...
Mas depois dá-me uma preguiçaaaa... "puxa a vida"! :)
Conselhos para nos arranjarmos de manha? Há?