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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

conflito interno

leio blogs cheios de sabedoria. daqueles que comunicam verdadeiramente alguma coisa, daqueles que me deixam a pensar. quase a fazer um ano de casa, desta casa, penso nas mensagens que passo aqui. são pouco altruístas, i know. deixam um sentimento ao nível do menino da lágrima, pouco mais.

a verdade é que eu gosto disto, gosto mesmo. escrever ajuda-me a passar para o papel coisas que estão na cabeça a marinar, organizar ideias. clarificar as loucuras momentâneas e ganhar a possibilidade de relembrar, com um simples click. dou erros, dou mil e duzentos erros. agradeço e volto a agradecer às queridas leitoras que me chamam à atenção e vou abanando a cabeça, pensando no disparate dessas disléxias. e por ser perfecionista, acho que este blog tem que ser perfeito, tem que ser impecável e estar cheio de mensagens de Natal, durante todo o ano.

passado um ano, sei que quero continuar. tenho muitas e boas razões para o fazer. preciso de me organizar, dedicar mais tempo. voltar a escrever no metro, no carro, na moleskine. voltar a parar e a pensar na vida que corre e como a quero viver melhor. é isso que me faz escrever, a vontade de viver. lindo, hein? xô, menino da lágrima!

muito do que não escrevo aqui, cai no foro pessoal e não gosto de trazer outras pessoas sem autorização e gosto ainda menos de pedir essa autorização. mas o que sou hoje, a forma como estou nos dias, depende de vários fatores pessoais. um desses fatores tem a ver com estar apaixonada pelo mesmo homem, há muitos meses. reconhecer nele e em nós um projeto mais altruísta que este blog e que a maior parte das coisas em que me meti em 24 anos. não sei como vamos estar daqui a muitos anos, se chegaremos a ficar velhinhos juntos, como hoje queremos.

fazem falta namoros puros, bem vividos. não são fáceis, temos uma natureza do do it now or never, carpe diem e por aí fora. não são fáceis mas são altamente recompensadores, não só a longo prazo mas acima de tudo a curtíssimo prazo. vou escrever sobre isto, mas ainda não. e por isso, rezando para que ele não veja nada ou finja que não viu, ou vou corar até Bagdad, abro hoje uma nova página, começando com a publicação de uma carta que lhe escrevi há muitos meses atrás. nunca lhe cheguei a mandar.

não sei como vamos estar daqui a muitos anos, se chegaremos a ficar velhinhos juntos, como hoje queremos. não sei. mas sei que nessa altura, vou querer lembrar-me destes tempos de conhecimento a 300km/h. e acho que ainda terei estes sete degraus para me sentar e recuperar cartas perdidas no tempo.

2 comentários:

Unknown disse...

tu és ÓPTIMA e sabes melhor que ninguém que tenho aprendido imenso contigo. que me revejo imenso em ti e que quero imenso, daqui a uns meses ou anos ou o que for, estar tão feliz como tu estás... és um exemplo e por isso é que a tua companhia me faz tão bem.
e sim, vocês vão ficar velhinhos juntos! ele vai ficar corcunda por ser tão alto, vai ser careca e ter cabelos brancos, mas vai continuar cheio de estilo, com as suas camisas com as iniciais do nome marcadas e tu continuarás linda como sempre. os dois a cozinhar um óptimo jantar!! eheheh!!

Ana disse...

ahhh só espero que sim! Deus queira :) e quanto ao resto, sabes que penso o mesmo sobre ti. és um mulherão!!!